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O que é AISI? E o que essa nomenclatura representa no universo do inox

No dia a dia de quem trabalha com inox, certamente siglas como AISI 304, AISI 316, AISI 430, fazem parte da rotina. Mas afinal, o que significa AISI e por que esse código é tão importante na indústria do inox?

AISI é a sigla para American Iron and Steel Institute, o Instituto Americano do Ferro e do Aço. Ele não fabrica materiais, mas é responsável por algo fundamental: padronizar a classificação das ligas metálicas, inclusive as ligas de aço inox mais usadas no mundo.

Essas classificações facilitam a comunicação global, permitindo que engenheiros, compradores e fabricantes falem a mesma língua quando o assunto é especificação técnica.

Por que a classificação AISI é tão usada no inox?

O inox não é um único material. Ele é uma família de ligas, cada uma com composições químicas e propriedades específicas: resistência à corrosão, dureza, soldabilidade, magnetismo, comportamento térmico e muito mais.

A função do código AISI é simples: organizar essas ligas em grupos e números, criando um padrão reconhecido internacionalmente.

Assim, quando alguém diz que um produto é feito em AISI 304, isso carrega um pacote de informações técnicas que qualquer profissional do setor entende.

No Brasil, ainda utilizamos muito a nomenclatura AISI, embora hoje o sistema mais atualizado seja a designação da SAE e ASTM, além das equivalências europeias (EN). Mesmo assim, a AISI se manteve no vocabulário da indústria, e dificilmente vai desaparecer tão cedo.

Por que isso importa para quem compra ou específica inox?

Porque escolher o inox errado custa caro: caro em retrabalho, caro em manutenção, caro em reputação, especialmente para quem fabrica equipamentos, atende hospitais ou trabalha com projetos arquitetônicos exigentes.

Quando você domina essas siglas, evita erros clássicos como:

  • usar AISI 430 em área úmida;
  • especificar 304 em zonas litorâneas;
  • contratar fornecedores que omitem a liga para reduzir preço.

A história do AISI e como ele se conectou ao inox

O American Iron and Steel Institute (AISI) surgiu oficialmente em 1908, nos Estados Unidos, como uma evolução da American Iron and Steel Association, fundada ainda em 1855.
Na virada do século XIX para o XX, a indústria americana crescia em ritmo acelerado devido às ferrovias, construção civil, máquinas, navios. Logo, o país precisava organizar o setor siderúrgico.

O objetivo do AISI desde o início era o de padronização e articulação técnica para o aço como um todo. O inox é um pouco mais recente que o instituto. Ele surge em1914, fruto de pesquisadores europeus que buscavam ligas com maior resistência à corrosão.

Com dezenas de novas ligas surgindo, cada fabricante tinha sua própria nomenclatura.
Isso era um caos para engenheiros, compradores e projetistas.

Na década de 1920 e 1930, o AISI percebe que precisava criar uma padronização universal das ligas inoxidáveis.

Foi aí que nasceu o famoso sistema numérico, por exemplo: 300, para os aços inoxidáveis austeníticos.

Sem o AISI, provavelmente cada país teria siglas próprias, gerando um mercado confuso e fragmentado.

A partir dos anos 1990 e 2000, a responsabilidade formal pela classificação química das ligas passou majoritariamente à SAE e às normas ASTM. O AISI deixou de manter as tabelas, focando mais em pesquisa, dados e representação setorial.

Mas… um padrão quando pega, não sai mais da cultura técnica. AISI virou a linguagem popular, mesmo sem ser o atual detentor da padronização.

Entenda a diferença entre as normas AISI, DIN e ASTM:

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