
O alumínio desenvolve naturalmente uma camada de óxido (Al₂O₃) que protege parcialmente o metal. No entanto, essa camada é instável em:
Isso torna o alumínio mais suscetível à liberação de íons Al³⁺, especialmente durante cozimento, aquecimento prolongado ou armazenamento de alimentos ácidos.
Em condições severas, a migração pode atingir níveis bem acima do observado em inox, e elevados o suficiente para acender alertas toxicológicos para grupos sensíveis.
Um ponto pouco compreendido pelo público: o conteúdo das latas não toca o alumínio.
As latas modernas possuem um revestimento interno polimérico (epóxi ou BPA-free) que:
Somente casos raros de falha no revestimento podem gerar corrosão localizada. Portanto, consumir bebidas enlatadas não está associado à exposição direta ao alumínio metálico.

Apesar da reputação de “material inerte”, o inox também pode liberar pequenas quantidades de:
Fatores que aumentam essa liberação:
A diferença é que, após a formação adequada da camada passiva (Cr₂O₃), a migração é centenas de vezes menor comparada ao alumínio — e tende a estabilizar após os primeiros ciclos de uso.
| Critério | Alumínio | Aço Inoxidável |
| Migração metálica | Alta em pH extremos | Muito baixa quando passivado |
| Resistência à corrosão | Baixa em ácido, sal e calor | Alta em ampla faixa de pH |
| Durabilidade | Moderada | Elevada |
| Toxicologia | Íons Al associados a efeitos neurotóxicos | Íons Ni/Cr regulados por limites rígidos |
| Custo | Mais baixo | Maior |
| Adequação à indústria | Limitada | Padrão global |
O inox é a escolha ideal para:
Além disso, o inox tem a vantagem da previsibilidade: quando especificado e passivado corretamente, apresenta comportamento extremamente estável e seguro.
Ambos os materiais podem ser seguros – desde que usados da forma adequada.
Na prática industrial, o inox domina não por tradição, mas por desempenho, confiabilidade e conformidade sanitária.
