Se o alto-forno é o coração da siderurgia, a aciaria é o cérebro. É nela que o ferro-gusa líquido, vindo incandescente do alto-forno, passa por um processo de refino para se transformar em aço de alta qualidade – incluindo o aço inoxidável, que mais tarde ganhará forma em diferentes aplicações.
O ferro-gusa contém impurezas e excesso de carbono, o que o torna frágil. Para corrigir isso, a aciaria realiza um processo chamado refino, no qual oxigênio é injetado no metal líquido para queima do carbono e eliminação de elementos indesejados.
Nesse ponto, entram também as adições de ligas metálicas – como o cromo, o níquel e o molibdênio – que dão ao aço inoxidável suas propriedades, conforme a liga desejada.
O resultado é o aço líquido ajustado em sua composição química, pronto para ser solidificado e seguir para as próximas fases da jornada.
A aciaria é o lugar onde o aço ganha sua identidade. É aqui que se decide se ele será um aço comum para construção civil, um aço especial para automóveis ou o inox que será usado em hospitais, laboratórios e cozinhas industriais.
Cada detalhe do processo é monitorado com tecnologia de ponta e rigoroso controle de qualidade, garantindo que o material atenda às exigências técnicas e de segurança.
Na Jornada do Inox, o Papo de Inox acompanhou de perto o trabalho realizado na aciaria da Aperam, única produtora de aço inoxidável da América Latina. É nesse setor que o ferro-gusa, ainda bruto, se transforma em um aço refinado e versátil, pronto para os próximos passos da laminação.
Acesse o segundo episódio que mostra os bastidores da aciaria: