No agronegócio, o inox não enferruja lucros

O agronegócio é um dos setores mais exigentes quando o assunto é durabilidade e desempenho dos equipamentos. Máquinas e estruturas operam em ambientes agressivos, expostos à umidade, variações de temperatura, produtos químicos e abrasão constante. Por isso, soluções inovadoras devem andar de mãos dadas com essas necessidades.

Nessas condições, materiais comuns, como o aço carbono, sofrem corrosão e desgaste acelerados, resultando em paradas frequentes para manutenção e substituição de peças.

A presença do inox, portanto, é o elo que traz resistência e baixa manutenção. Dados técnicos fornecidos por empresas como a Aperam indicam que, em aplicações como lavadores de gases e taliscas de esteiras de cana, o inox mantém praticamente a espessura após anos de operação. O aço carbono, nas mesmas condições, sofre perdas que chegam a 100% da espessura em poucos anos.

O inox também permite reduzir espessuras sem comprometer a resistência. Em evaporadores, por exemplo, tubos podem passar de 2,65 mm para 1,50 mm, mantendo a performance. Essa característica reduz peso e custo de material.

Aplicações práticas

O uso do aço inoxidável é versátil e abrange diversas etapas da produção e do processamento agrícola. No segmento sucroenergético, por exemplo, o inox é usado em pisos e laterais de esteiras intermediárias, coletores de caldo, difusores, ciclones, lavadores de gases e taliscas de esteira de cana. No setor de grãos, está presente em resfriadores de farelo, elevadores de caneca, redlers, aquecedores, evaporadores e caldeiras.

Os tipos mais comuns no campo incluem as ligas 410, 430, 439, 444, 304 e 316. O 410, por exemplo, apresenta excelente desempenho contra corrosão e abrasão, ideal para ambientes com efeito combinado desses fatores. As ligas 304 e 316 são mais usadas quando a prioridade é resistência química.

Comparativo direto

Casos reais mostram a diferença de desempenho. Em um lavador de gases, o inox 410 manteve 100% da espessura após nove safras, enquanto o aço carbono perdeu todo o material em apenas quatro. Em ciclones separadores de finos, o inox operou dois anos sem manutenção, contra paradas trimestrais do aço carbono.

Esses resultados explicam por que o investimento inicial mais alto do inox se paga no médio prazo. Menos trocas, menos paradas e menor perda de produtividade compensam o custo.

Custo-benefício em médio e longo prazo

Embora o investimento inicial no aço inoxidável seja mais alto que o do aço carbono, o retorno vem rapidamente. A maior durabilidade, a redução de paradas para manutenção e a menor necessidade de reposição compensam a diferença inicial, gerando economia real e melhorando a competitividade das operações agrícolas.

E, como mostram os dados técnicos apresentados, a escolha do inox tem respaldo tanto em resultados práticos quanto em fundamentos científicos. Basta, então, chegar aos interessados.