Quando o inox falha

O aço inoxidável é reconhecido como o material mais seguro e versátil para equipamentos em contato com alimentos. Sua resistência à corrosão, facilidade de limpeza e durabilidade o tornaram indispensável em cozinhas industriais, vinícolas, cervejarias e linhas de envase.

Mas nem todo inox é igual. E, quando escolhas equivocadas são feitas – seja na especificação, na fabricação ou na manutenção – o resultado pode ser preocupante: corrosão acelerada, falhas estruturais e até contaminação dos alimentos.

Casos reais de falhas observadas na indústria:

  • Uso de ligas Cr-Mn sem norma no lugar do AISI 304 → maior liberação de íons metálicos, ultrapassando limites internacionais (COE), com risco de migração de ferro e manganês para bebidas.
  • Soldas mal passivadas → regiões suscetíveis à corrosão localizada (pites), que se tornam pontos críticos para contaminação microbiológica.
  • Substituição por materiais inadequados, como alumínio ou cobre → oxidação rápida em contato com alimentos ácidos, liberando resíduos metálicos visíveis e comprometendo a segurança sanitária.
  • Manutenção negligenciada → acúmulo de resíduos e desgaste superficial, que comprometem a camada passiva e reduzem a vida útil do equipamento.

Esses exemplos mostram que, mesmo sendo um material de alta performance, o inox exige especificação correta, normas claras e fiscalização rigorosa.

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